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Repovoamento experimental com enguias na bacia do Rio Mondego

O Rio Ceira foi o sistema selecionado para a implementação de ações experimentais de repovoamento de enguias de vidro (i.e. meixão) por ser um dos afluentes mais importantes na bacia do Rio Mondego para as espécies diádromas.

O troço de rio escolhido para as ações de repovoamento situa-se a cerca de 45 km da confluência com o Rio Mondego, e imediatamente a montante do primeiro obstáculo considerado intransponível para esta espécie, o Açude de Cortecega (Localidade de Cortecega, Freguesia e Concelho de Góis). Este troço foi selecionado por não ter sido detetada a presença de enguia, provavelmente resultante da fragmentação de habitat cumulativa originada pelo elevado número de obstáculos localizados a jusante no curso de água, apesar das características hidromorfológicas do troço serem, aparentemente, adequadas para a ocorrência da espécie.

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Troço do Rio Ceira selecionado para as ações experimentais de repovoamento com enguias-de-vidro.

Esta ação incluiu também uma avaliação dos impactos resultantes das ações de repovoamento, nas comunidades biológicas que ocorrem no troço selecionado do Rio Ceira e foi desenvolvida em quatro fases distintas:

    1ª fase: Identificação e análise das condições ecológicas e geomorfológicas para as ações de repovoamento no troço de rio selecionado;
    2ª fase: Realização de ações experimentais de repovoamento com enguias-de-vidro (cerca de 60.000 indivíduos) a montante do Açude de Cortecega, no Rio Ceira;
    3ª fase: Análise do sucesso das ações de repovoamento;
    4ª fase: Avaliação do impacto da introdução de enguias-de-vidro nas comunidades de macroinvertebrados e peixes presentes na área de estudo.
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Prospeção das condições de habitat.
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Kick Sampling de macroinvertebrados.
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Pesca elétrica no Rio Ceira.
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Caracterização das comunidades piscícolas.
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Enguias-de-vidro.
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Libertação de enguias-de-vidro.

Esta ação piloto, realizada em abril de 2014, foi desenvolvida para avaliar o potencial sucesso, condições de implementação e os constrangimentos associados a este tipo de repovoamentos, como potencial medida de gestão com vista à minimização da perda de habitat disponível para enguia-europeia nos rios portugueses.

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